quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Como alimentar as 842 milhões de pessoas que passam fome no mundo?



Imaginem quanto alimento produz em um ano uma área cultivável do tamanho do Canadá. É a mesma quantidade de alimento desperdiçada por nós no mesmo período de tempo. Exagero? Não. Estimativas apontam que até 2050 teremos mais 2 bilhões de pessoas para alimentar. Mas como fazer isso de maneira sustentável? A resposta é simples: reduzir o desperdício.

Somente os países industrializados desperdiçam cerca de 670 milhões de toneladas de comida ao ano, quantidade equivalente à toda a produção anual de alimentos da África subsaariana. O Brasil está na lista negra dos dez países que mais desperdiçam comida. Isso se deve, em grande parte, à deficiência no manejo do alimento pós-colheita, principalmente o transporte e armazenamento inadequados.

Comprar comida nunca foi tão fácil e barato como nos dias atuais. As prateleiras dos supermercados estão abarrotadas de alimentos, muito mais do que podemos consumir, e boa parte disso é jogada no lixo por apresentar algum defeito que não impede que o alimento seja consumido. Com o que é desperdiçado poderíamos alimentar mais 3 bilhões de pessoas. Afora isso, a produção de alimento consome terreno cultivável, água, insumos, combustível e mão de obra. Quando desperdiçamos estamos jogando no lixo tudo o que foi usado na produção daquele alimento. E depois que a comida é jogada nos lixões, a decomposição lança na atmosfera gases que contribuem para o efeito estufa. Resultado: quem desperdiça comida está contribuindo com o desmatamento, o aumento do efeito estufa, a fome no mundo e a escassez de água. Como disse Nick Nuttal, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, “o desperdício de comida é um problema estúpido, mas as pessoas adoram porque sabem que podem encontrar uma solução para ele”.

Fonte: Revista National Geografic Brasil - Outubro 2014.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Uma possível pandemia ameaça a raça humana


Atualmente o mundo está vivenciando o maior surto de Ebola já registrado. A recente epidemia está concentrada na África ocidental, mas corre sérios riscos de se espalhar pelo mundo. Caso isso aconteça, as consequências serão desastrosas. Recentemente o vírus atingiu Lagos, uma cidade situada no sudoeste da Nigéria, com cerca de 21 milhões de habitantes, onde um surto poderia ser desastroso. Muitos moradores vivem em condições precárias, o que ajuda na propagação da doença. O hospital que recebeu o doente está sendo isolado.

O Ebola é o vírus causador da Febre Hemorrágica Ebola (FHE), que provoca hemorragia interna extensa, levando as pessoas infectadas á morte. De início os sintomas são febre, dor muscular, fraqueza, dores de cabeça, dor de garganta, vômitos e diarreia. A medida que a infecção se agrava, o vírus leva ao rompimento da parede dos vasos sanguíneos, causando hemorragia grave. É um vírus altamente contagioso, com taxa de letalidade de 90% e transmitido através dos fluídos corporais de pessoas infectadas. Alguns morcegos frugívoros podem servir como reservatórios do vírus. Aí pode estar a origem da doença.

Atualmente não existe cura para a FHE. O tratamento é isolar as vítimas e aliviar os sintomas. Vários profissionais da saúde estão sendo infectados e mortos pelo vírus, o que torna a situação anda mais alarmante.


O risco de disseminação pelo mundo existe e autoridades estão lidando com ele. O mais importante no momento é realizar triagens nos aeroportos, evitando ao máximo que pacientes infectados possam embarcar em voos internacionais.


Para saber mais: http://g1.globo.com/

terça-feira, 22 de julho de 2014

Estamos sozinhos no Universo? Talvez não...

                           



Cientistas da Universidade da Califórnia, liderados pelo professor Jonathan Malkisom, sugerem que alienígenas viveram entre nós como observadores. Registros históricos e passagens bíblicas confirmariam a hipótese. 

Segundo o físico teórico Adrian Kent, do Instituto Perimeter de Física Teórica, no Canadá, os ET's se camuflavam entre nós, semelhante à camuflagem usada por alguns insetos.

O cientista britânico Timothy Good aponta que “a Terra não é mais uma base intermediária. Eles se estabeleceram aqui por um bom tempo.”

Assuntos sobre alienígenas não é novidade para nós. Vários casos de avistamentos de OVNIs são relatados todos os dias. Muitos registros históricos (pinturas rupestres e textos) nos fornecem indícios que sustentam tais teorias. O Universo possui bilhões e bilhões de galáxias, grande parte delas com sistemas solares semelhantes ao nosso. Em algum planeta vagando por aí deve existir vida.

Vários casos de extra terrestres são registrados. Um dos mais famosos relatos da ufologia mundial é o caso Roswell, quando um disco voador caiu e suas peças foram levadas para bases militares norte americanas, juntamente com os corpos de três seres desconhecidos.
No Brasil, temos dois casos famosos que são o E.T. de Varginha e a Operação Prato, da força aérea brasileira.

"Se não existe vida fora da Terra, então o Universo é um grande desperdício de espaço." Carl Sagan




segunda-feira, 24 de março de 2014

As sanguessugas e a medicina!


Por vários séculos, as “sanguessugas medicinais” (Hirudo medicinalis) foram usadas para sangrias por causa da ideia equivocada de que uma série de distúrbios e febres era causada por um excesso de sangue. Uma sanguessuga medindo 10 a 12 cm de comprimento pode atingir um tamanho muito maior quando estiver distendida com sangue, e a quantidade de sangue que pode sugar é considerável. A coleta e cultura de sanguessugas em lagos foram praticadas na Europa em escala comercial durante o século XIX. O poema The Leech-Gatherer “O coletor de sanguessugas” foi baseado nesse uso de sanguessugas.
As sanguessugas estão sendo novamente utilizadas na medicina. Quando dedos da mão ou do pé e orelhas são amputados, os microcirurgiões conseguem reconectar artérias, mas nem todas as veias mais finas. Sanguessugas são usadas para aliviar a congestão até que as veias consigam crescer novamente no apêndice em recuperação.

Referência:


HICKMAN Jr., Cleveland P.; ROBERTS, Larry S.; KEEN, Susan L.; EISENHOUR, David J.; LARSON, Allan. Princípios Integrados de Zoologia, 15ª edição. Guanabara Koogan, 2013. 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Série Do Universo à Vida: Capítulo 1 - Onde Tudo Começou


O Universo aos olhos do homem é um imenso desconhecido: escuro, frio, infinito, inexplorável. Se tomarmos um pequeno ponto aleatório deste escuro infinito, neste ponto estarão bilhões de galáxias semelhantes à nossa, com trilhões de estrelas e planetas. Incrível! Somente a Via Láctea, nossa galáxia, contém mais de 100 milhões de estrelas como o Sol. Isso mesmo, incríveis 100 000 000 de estrelas. Com certeza, em alguma delas pode existir um planeta com vida, talvez com seres muito diferentes dos existentes na Terra.

A vida na Terra é muito jovem na medida de tempo geológico, possuindo pouco mais de 3,5 bilhões de anos. Por isso nossa viagem começará bem antes, há cerca de 14 bilhões de anos atrás, onde tudo começou.

Há 14 bilhões de anos, tudo o que existe hoje, toda a matéria, se resumia a um ponto, talvez do tamanho da cabeça de um alfinete. Neste ponto se concentravam uma temperatura, massa e energia imensamente grandes. Um perturbação neste ponto desencadeou uma explosão, sem tempo e espaço definidos. Após a explosão, a temperatura, a densidade e a energia foram diminuindo e constituindo a matéria. A medida que o tempo foi passando, o Universo se expandiu, e essa expansão permanece até hoje. Com o resfriamento, as partículas de matéria foram se condensando e formando as galáxias. As primeiras galáxias surgiram há 12 bilhões de anos e a nossa Via Láctea há cerca de 4,6 bilhões de anos (assunto do próximo capítulo).

E como explicar essa tal Teoria do Big Bang?

Bem, não sou físico, por isso vou ser breve e bem resumido quanto aos fundamentos da Teoria do Big Bang.

Em 1929, Edwin Hubble, medindo o desvio da radiação das galáxias para o vermelho, publicou um estudo que culminou com a afirmação de que todas as galáxias estão a afastar-se de nós, tal como um ponto sobre a superfície de um balão que é insuflado. A observação de Hubble integrava-se com a Teoria da Relatividade Geral, proposta por Einstein, que trata o espaço-tempo como dinâmico. Invertendo-se a expansão, podemos propor que o Universo anteriormente foi condensado em um único ponto.

Em 1948, um grupo de cientistas, da Universidade George Washington, liderados por George Gamow, propuseram a existência de um momento em que a densidade da energia do Universo era superior à da matéria, e que ainda hoje haveria resquícios desta energia, denominada Radiação Cósmica de Fundo.

Em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson conseguiram medir essa Radiação Cósmica de Fundo usando um receptor de rádio, o que reforçou ainda mais a Teoria do Big Bang.

Bem, no momento só posso me aventurar até aqui. Mas quem quiser se aprofundar mais na física por trás do Universo, é só consultar a bibliografia abaixo. Espero que tenham gostado! No próximo capítulo veremos como se formaram as galáxias. Até!!

Referências:

1. CASTRO, Peter. Biologia Marinha, 8ª Edição. AMGH, 2012.
3. POMEROL, Charles. Princípios de Geologia: Técnicas, modelos e teorias, 14ª edição.
4. POPP, José Henrique. Geologia Geral, 6ª edição. LTC, 2010.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Série Do Universo à Vida: de onde surgimos?



Todos nós, habitantes deste pequeno planeta do Sistema Solar, fazemos parte de uma imensa cadeia de seres vivos, onde os componentes estão interligados e dependentes entre si. Em outras palavras, dependemos uns dos outros para que nossa sobrevivência seja mantida. A vida é espetacular. Todos os seres vivos, com suas diversidades e particularidades, só existem pois em algum momento na Terra primitiva houve uma união de fatores favoráveis, todos acontecendo no momento exato, possibilitando o aparecimento do primeiro ser vivo. Vamos começar em breve uma viagem no tempo, passando pela origem do Universo até o surgimento e a evolução da vida. Preparem-se! Descobertas espetaculares estão por vir!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Cuidado! Sua personalidade pode ter influência na sua saúde



Um novo estudo feito na Duke University concluiu que a personalidade de uma pessoa pode revelar pistas sobre a saúde do organismo em geral. Isso afirma a necessidade dos médicos de tornarem a avaliação da personalidade uma rotina.

As pesquisas descobriram que pessoas que possuem um estado de personalidade consciente (com tendências a serem mais disciplinadas e ordenadas), estavam melhor em saúde 12 anos mais tarde do que pessoas menos disciplinadas.

Indivíduos abertos à novas experiências e com tendências a serem curiosos e imaginativos também apresentaram uma saúde melhor anos mais tarde.

De acordo com o estudo, os resultados se mantiveram mesmo com os pesquisadores levando em consideração fatores de risco, tais como o fumo, sobrepeso e fatores socioeconômicos.

O estudo envolveu mais de 1000 pessoas residentes na Nova Zelândia. As personalidades dos participantes foram avaliadas duas vezes: uma por pessoas muito próximas dos participantes (amigos íntimos ou familiares) e outra por uma enfermeira ou recepcionista desconhecidas dos participantes. As duas avaliações tendem a igualar-se, sendo o resultado bem semelhante.

Os resultados sugerem a necessidade de maior atenção por parde dos médicos quanto à personalidade dos pacientes, incluindo esta avaliação na atenção básica. Isto traria uma melhor capacidade de investigar quais pacientes necessitarão de maiores cuidados no futuro.


Ainda segundo o estudo, ser consciente pode levar a uma melhor saúde porque pessoas com altos níveis desse traço de personalidade tender a ter um maior autocontrole, sendo menos propensas ao alcoolismo, tabagismo ou abuso de drogas. Pessoas com altos níveis de consciência também são mais propensas a ter um estilo de vida ativo e dieta saudável.  

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Por que o gelo flutua na água líquida?


Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão (...)
Terra! Planeta água!

Motivo de músicas e guerras, a água é também o motivo da existência da vida na Terra. Sem água, nada seria possível como é hoje. Nosso corpo é composto de 70-75% por água. Sua importância vai além de saciar a sede e refrescar-nos no verão. A água é também denominada solvente universal por dissolver uma infinidade de substâncias (gazes, sais, proteínas...), participando de infinitas reações químicas nos organismos vivos.
Todo bom observador já notou que o gelo flutua na água. Mas como isso é possível se ambos possuem a mesma composição?

Uma das propriedades da água é a capacidade de formar interações fracas entre suas moléculas. São as chamadas pontes de hidrogênio. Essas interações são responsáveis pela existência de água na forma líquida à temperatura ambiente e também responsáveis pelo gelo flutuar na água líquida. As pontes de hidrogênio promovem um afastamento entre as moléculas de H2O. Na forma líquida, estas interações intermoleculares estão constantemente formando e se desfazendo. Na forma sólida, as pontes de hidrogênio não se desfazem, tornando as moléculas de água mais afastadas entre si, diminuindo sua densidade. Isso também explica o fato da água se expandir quando congelada.

Para saber mais: Pontes de hidrogênio