segunda-feira, 24 de março de 2014

As sanguessugas e a medicina!


Por vários séculos, as “sanguessugas medicinais” (Hirudo medicinalis) foram usadas para sangrias por causa da ideia equivocada de que uma série de distúrbios e febres era causada por um excesso de sangue. Uma sanguessuga medindo 10 a 12 cm de comprimento pode atingir um tamanho muito maior quando estiver distendida com sangue, e a quantidade de sangue que pode sugar é considerável. A coleta e cultura de sanguessugas em lagos foram praticadas na Europa em escala comercial durante o século XIX. O poema The Leech-Gatherer “O coletor de sanguessugas” foi baseado nesse uso de sanguessugas.
As sanguessugas estão sendo novamente utilizadas na medicina. Quando dedos da mão ou do pé e orelhas são amputados, os microcirurgiões conseguem reconectar artérias, mas nem todas as veias mais finas. Sanguessugas são usadas para aliviar a congestão até que as veias consigam crescer novamente no apêndice em recuperação.

Referência:


HICKMAN Jr., Cleveland P.; ROBERTS, Larry S.; KEEN, Susan L.; EISENHOUR, David J.; LARSON, Allan. Princípios Integrados de Zoologia, 15ª edição. Guanabara Koogan, 2013. 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Série Do Universo à Vida: Capítulo 1 - Onde Tudo Começou


O Universo aos olhos do homem é um imenso desconhecido: escuro, frio, infinito, inexplorável. Se tomarmos um pequeno ponto aleatório deste escuro infinito, neste ponto estarão bilhões de galáxias semelhantes à nossa, com trilhões de estrelas e planetas. Incrível! Somente a Via Láctea, nossa galáxia, contém mais de 100 milhões de estrelas como o Sol. Isso mesmo, incríveis 100 000 000 de estrelas. Com certeza, em alguma delas pode existir um planeta com vida, talvez com seres muito diferentes dos existentes na Terra.

A vida na Terra é muito jovem na medida de tempo geológico, possuindo pouco mais de 3,5 bilhões de anos. Por isso nossa viagem começará bem antes, há cerca de 14 bilhões de anos atrás, onde tudo começou.

Há 14 bilhões de anos, tudo o que existe hoje, toda a matéria, se resumia a um ponto, talvez do tamanho da cabeça de um alfinete. Neste ponto se concentravam uma temperatura, massa e energia imensamente grandes. Um perturbação neste ponto desencadeou uma explosão, sem tempo e espaço definidos. Após a explosão, a temperatura, a densidade e a energia foram diminuindo e constituindo a matéria. A medida que o tempo foi passando, o Universo se expandiu, e essa expansão permanece até hoje. Com o resfriamento, as partículas de matéria foram se condensando e formando as galáxias. As primeiras galáxias surgiram há 12 bilhões de anos e a nossa Via Láctea há cerca de 4,6 bilhões de anos (assunto do próximo capítulo).

E como explicar essa tal Teoria do Big Bang?

Bem, não sou físico, por isso vou ser breve e bem resumido quanto aos fundamentos da Teoria do Big Bang.

Em 1929, Edwin Hubble, medindo o desvio da radiação das galáxias para o vermelho, publicou um estudo que culminou com a afirmação de que todas as galáxias estão a afastar-se de nós, tal como um ponto sobre a superfície de um balão que é insuflado. A observação de Hubble integrava-se com a Teoria da Relatividade Geral, proposta por Einstein, que trata o espaço-tempo como dinâmico. Invertendo-se a expansão, podemos propor que o Universo anteriormente foi condensado em um único ponto.

Em 1948, um grupo de cientistas, da Universidade George Washington, liderados por George Gamow, propuseram a existência de um momento em que a densidade da energia do Universo era superior à da matéria, e que ainda hoje haveria resquícios desta energia, denominada Radiação Cósmica de Fundo.

Em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson conseguiram medir essa Radiação Cósmica de Fundo usando um receptor de rádio, o que reforçou ainda mais a Teoria do Big Bang.

Bem, no momento só posso me aventurar até aqui. Mas quem quiser se aprofundar mais na física por trás do Universo, é só consultar a bibliografia abaixo. Espero que tenham gostado! No próximo capítulo veremos como se formaram as galáxias. Até!!

Referências:

1. CASTRO, Peter. Biologia Marinha, 8ª Edição. AMGH, 2012.
3. POMEROL, Charles. Princípios de Geologia: Técnicas, modelos e teorias, 14ª edição.
4. POPP, José Henrique. Geologia Geral, 6ª edição. LTC, 2010.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Série Do Universo à Vida: de onde surgimos?



Todos nós, habitantes deste pequeno planeta do Sistema Solar, fazemos parte de uma imensa cadeia de seres vivos, onde os componentes estão interligados e dependentes entre si. Em outras palavras, dependemos uns dos outros para que nossa sobrevivência seja mantida. A vida é espetacular. Todos os seres vivos, com suas diversidades e particularidades, só existem pois em algum momento na Terra primitiva houve uma união de fatores favoráveis, todos acontecendo no momento exato, possibilitando o aparecimento do primeiro ser vivo. Vamos começar em breve uma viagem no tempo, passando pela origem do Universo até o surgimento e a evolução da vida. Preparem-se! Descobertas espetaculares estão por vir!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Cuidado! Sua personalidade pode ter influência na sua saúde



Um novo estudo feito na Duke University concluiu que a personalidade de uma pessoa pode revelar pistas sobre a saúde do organismo em geral. Isso afirma a necessidade dos médicos de tornarem a avaliação da personalidade uma rotina.

As pesquisas descobriram que pessoas que possuem um estado de personalidade consciente (com tendências a serem mais disciplinadas e ordenadas), estavam melhor em saúde 12 anos mais tarde do que pessoas menos disciplinadas.

Indivíduos abertos à novas experiências e com tendências a serem curiosos e imaginativos também apresentaram uma saúde melhor anos mais tarde.

De acordo com o estudo, os resultados se mantiveram mesmo com os pesquisadores levando em consideração fatores de risco, tais como o fumo, sobrepeso e fatores socioeconômicos.

O estudo envolveu mais de 1000 pessoas residentes na Nova Zelândia. As personalidades dos participantes foram avaliadas duas vezes: uma por pessoas muito próximas dos participantes (amigos íntimos ou familiares) e outra por uma enfermeira ou recepcionista desconhecidas dos participantes. As duas avaliações tendem a igualar-se, sendo o resultado bem semelhante.

Os resultados sugerem a necessidade de maior atenção por parde dos médicos quanto à personalidade dos pacientes, incluindo esta avaliação na atenção básica. Isto traria uma melhor capacidade de investigar quais pacientes necessitarão de maiores cuidados no futuro.


Ainda segundo o estudo, ser consciente pode levar a uma melhor saúde porque pessoas com altos níveis desse traço de personalidade tender a ter um maior autocontrole, sendo menos propensas ao alcoolismo, tabagismo ou abuso de drogas. Pessoas com altos níveis de consciência também são mais propensas a ter um estilo de vida ativo e dieta saudável.