O Universo aos olhos do homem é um
imenso desconhecido: escuro, frio, infinito, inexplorável. Se
tomarmos um pequeno ponto aleatório deste escuro infinito, neste
ponto estarão bilhões de galáxias semelhantes à nossa, com
trilhões de estrelas e planetas. Incrível! Somente a Via Láctea,
nossa galáxia, contém mais de 100 milhões de estrelas como o Sol.
Isso mesmo, incríveis 100 000 000 de estrelas. Com certeza, em
alguma delas pode existir um planeta com vida, talvez com seres muito
diferentes dos existentes na Terra.
A vida na Terra é muito jovem na
medida de tempo geológico, possuindo pouco mais de 3,5 bilhões de
anos. Por isso nossa viagem começará bem antes, há cerca de 14
bilhões de anos atrás, onde tudo começou.
Há 14 bilhões de anos, tudo o que
existe hoje, toda a matéria, se resumia a um ponto, talvez do
tamanho da cabeça de um alfinete. Neste ponto se concentravam uma
temperatura, massa e energia imensamente grandes. Um perturbação
neste ponto desencadeou uma explosão, sem tempo e espaço definidos.
Após a explosão, a temperatura, a densidade e a energia foram
diminuindo e constituindo a matéria. A medida que o tempo foi
passando, o Universo se expandiu, e essa expansão permanece até
hoje. Com o resfriamento, as partículas de matéria foram se
condensando e formando as galáxias. As primeiras galáxias surgiram
há 12 bilhões de anos e a nossa Via Láctea há cerca de 4,6
bilhões de anos (assunto do próximo capítulo).
E como explicar essa tal Teoria do Big
Bang?
Bem, não sou físico, por isso vou ser
breve e bem resumido quanto aos fundamentos da Teoria do Big Bang.
Em 1929, Edwin Hubble, medindo o desvio
da radiação das galáxias para o vermelho, publicou um estudo que
culminou com a afirmação de que todas as galáxias estão a
afastar-se de nós, tal como um ponto sobre a superfície de um balão
que é insuflado. A observação de Hubble integrava-se com a Teoria
da Relatividade Geral, proposta por Einstein, que trata o
espaço-tempo como dinâmico. Invertendo-se a expansão, podemos
propor que o Universo anteriormente foi condensado em um único
ponto.
Em 1948, um grupo de cientistas, da
Universidade George Washington, liderados por George Gamow,
propuseram a existência de um momento em que a densidade da energia
do Universo era superior à da matéria, e que ainda hoje haveria
resquícios desta energia, denominada Radiação Cósmica de Fundo.
Em 1965, Arno Penzias e
Robert Wilson conseguiram medir essa Radiação Cósmica de Fundo
usando um receptor de rádio, o que reforçou ainda mais a Teoria do
Big Bang.
Bem, no momento só posso me aventurar
até aqui. Mas quem quiser se aprofundar mais na física por trás do
Universo, é só consultar a bibliografia abaixo. Espero que tenham
gostado! No próximo capítulo veremos como se formaram as galáxias.
Até!!
Referências:
1.
CASTRO,
Peter. Biologia
Marinha, 8ª Edição. AMGH,
2012.
3.
POMEROL,
Charles. Princípios
de Geologia: Técnicas, modelos e teorias, 14ª edição.
4.
POPP,
José Henrique. Geologia
Geral, 6ª edição. LTC,
2010.