quinta-feira, 20 de março de 2014

Série Do Universo à Vida: Capítulo 1 - Onde Tudo Começou


O Universo aos olhos do homem é um imenso desconhecido: escuro, frio, infinito, inexplorável. Se tomarmos um pequeno ponto aleatório deste escuro infinito, neste ponto estarão bilhões de galáxias semelhantes à nossa, com trilhões de estrelas e planetas. Incrível! Somente a Via Láctea, nossa galáxia, contém mais de 100 milhões de estrelas como o Sol. Isso mesmo, incríveis 100 000 000 de estrelas. Com certeza, em alguma delas pode existir um planeta com vida, talvez com seres muito diferentes dos existentes na Terra.

A vida na Terra é muito jovem na medida de tempo geológico, possuindo pouco mais de 3,5 bilhões de anos. Por isso nossa viagem começará bem antes, há cerca de 14 bilhões de anos atrás, onde tudo começou.

Há 14 bilhões de anos, tudo o que existe hoje, toda a matéria, se resumia a um ponto, talvez do tamanho da cabeça de um alfinete. Neste ponto se concentravam uma temperatura, massa e energia imensamente grandes. Um perturbação neste ponto desencadeou uma explosão, sem tempo e espaço definidos. Após a explosão, a temperatura, a densidade e a energia foram diminuindo e constituindo a matéria. A medida que o tempo foi passando, o Universo se expandiu, e essa expansão permanece até hoje. Com o resfriamento, as partículas de matéria foram se condensando e formando as galáxias. As primeiras galáxias surgiram há 12 bilhões de anos e a nossa Via Láctea há cerca de 4,6 bilhões de anos (assunto do próximo capítulo).

E como explicar essa tal Teoria do Big Bang?

Bem, não sou físico, por isso vou ser breve e bem resumido quanto aos fundamentos da Teoria do Big Bang.

Em 1929, Edwin Hubble, medindo o desvio da radiação das galáxias para o vermelho, publicou um estudo que culminou com a afirmação de que todas as galáxias estão a afastar-se de nós, tal como um ponto sobre a superfície de um balão que é insuflado. A observação de Hubble integrava-se com a Teoria da Relatividade Geral, proposta por Einstein, que trata o espaço-tempo como dinâmico. Invertendo-se a expansão, podemos propor que o Universo anteriormente foi condensado em um único ponto.

Em 1948, um grupo de cientistas, da Universidade George Washington, liderados por George Gamow, propuseram a existência de um momento em que a densidade da energia do Universo era superior à da matéria, e que ainda hoje haveria resquícios desta energia, denominada Radiação Cósmica de Fundo.

Em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson conseguiram medir essa Radiação Cósmica de Fundo usando um receptor de rádio, o que reforçou ainda mais a Teoria do Big Bang.

Bem, no momento só posso me aventurar até aqui. Mas quem quiser se aprofundar mais na física por trás do Universo, é só consultar a bibliografia abaixo. Espero que tenham gostado! No próximo capítulo veremos como se formaram as galáxias. Até!!

Referências:

1. CASTRO, Peter. Biologia Marinha, 8ª Edição. AMGH, 2012.
3. POMEROL, Charles. Princípios de Geologia: Técnicas, modelos e teorias, 14ª edição.
4. POPP, José Henrique. Geologia Geral, 6ª edição. LTC, 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário